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Mostrando postagens de outubro, 2011

Escravidão no cerne do capitalismo de ponta

Clara Roman, da Carta Capital O trabalho escravo rural no Brasil é uma das peças que constituem o desenvolvimento do capitalismo de ponta no país. Divulgado na terça-feira 26, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) traçou um perfil dos trabalhadores e empregadores desse processo. Adonia Prado, pesquisadora Grupo de Estudo e Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e que participou do estudo, alerta que esse tipo de trabalho, abolido em 1888, faz parte da estrutura do capitalismo avançado e da produção de commoditties atuais. “Ele é funcional a esse modo de produção globalizado altamente concetrador de renda”, explica Prado. Segundo a pesquisadora, essa exploração vem ganhando espaço no mundo todo e existe, em graus diferentes, em quase todos os países. São empreendimentos de ponta, diz ela, que produzem para exportação. Na cidade, o trabalho escravo também está ligado a grandes marcas, como foi o caso recent...

Falta de água é o maior entrave para alimentar população crescente, diz Graziano

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BBC Brasil O futuro diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, disse que a necessidade de aumentar a produção agrícola para alimentar a crescente população mundial pressionará a busca por recursos naturais, principalmente pela água. Graziano assume o posto no primeiro semestre de 2012. “A água se tornou o maior entrave à expansão da produção [de comida], especialmente em algumas áreas como a região andina, na América do Sul, e os países da África Subsaariana”, disse Graziano, que atualmente é diretor da FAO para a América Latina e foi ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela implementação do Programa Fome Zero. Segundo Graziano, apesar da pressão sobre os recursos naturais, é possível pôr fim à fome no mundo por meio de quatro ações principais: a aplicação de tecnologias modernas na lavoura (muitas já disponíveis), a criação de...

Agricultura familiar repudia mudanças no Código Florestal

Bruno Taitson, da WWF Brasil “A tentativa de destruir o Código Florestal faz parte de uma agenda maior do agronegócio para acabar com toda a legislação social e ambiental do Brasil”. Com essas palavras, o dirigente da Via Campesina Brasil, Luiz Zarref, resumiu a posição do segmento da agricultura familiar em relação às propostas de mudar a legislação ambiental no Brasil. Ele participou de debate nesta terça-feira (18/10), na Universidade de Brasília, com estudantes e representantes do movimento socioambiental. O líder da Via Campesina lembrou que, além do projeto que muda o Código Florestal, aprovado na Câmara dos Deputados e em análise no Senado, estão na agenda dos ruralistas no Congresso a flexibilização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), dos critérios para demarcação de terras indígenas, do Estatuto da Terra e a liberação do uso indiscriminado de agrotóxicos. “O Código Florestal, ao contrário das mentiras divulgadas pelos rur...

Pequenos consumidores

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Laís Fontenelle Pereira, da Carta Capital Educar nunca foi tarefa fácil para pais nem para os educadores mais experientes. E a contemporaneidade tem nos colocado novos e árduos desafios, principalmente no que diz respeito ao consumo. Podemos dizer que, hoje, a formação de nossas crianças não está somente nas mãos da escola ou da família, pois é compartilhada com as diferentes mídias, atravessadas por mensagens de apelo ao consumo. E aí está o maior desafio para os educadores: como integrá-las à educação formal e ajudar o jovem a ter uma visão mais crítica sobre o que consome? Como educar e formar nossas crianças para que sejam consumidores mais conscientes no futuro? Antes de nos debruçarmos especificamente sobre o papel do educador para a transformação da realidade atual, vale uma reflexão sobre a delicada relação que a criança tem estabelecido com o consumo. Vivemos num mundo acelerado, ligados aos meios de comunicação e às redes -sociais desde o momento em que acordam...

Professores cada vez mais esquecidos

Entra ano, sai ano, as distorções salariais entre os servidores ficam cada vez mais claras. Um dos sinais mais evidentes disso é a previsão do reajuste de 16,6% do piso dos professores de escolas públicas em todo o Brasil, atualmente de R$ 1.187. Enquanto um docente deve entrar em 2012 com salário-base de R$ 1.384, um técnico administrativo das agências reguladoras, com igual formação, receberá um vencimento inicial de R$ 4,7 mil. Um técnico legislativo do Senado, por sua vez, vai começar o ano embolsando remuneração inicial de R$ 13,8 mil, incluindo vencimento básico e gratificações. Para os cargos de nível médio do Banco Central (BC), de 2002 para cá, a remuneração saltou 233,7%, de R$ 2.532,16 para R$ 8.449,13. Os servidores técnicos do Judiciário, que hoje ganham de R$ 3,9 mil a R$ 6,3 mil, pedem aumento de 56% em seus contracheques. Já os técnicos do Ministério Público da União (MPU) querem que a sua remuneração inicial passe para R$ 8,2 mil. Enquanto isso, bombeiro...

Conhecer as desigualdades educacionais é fundamental para combatê-las

Conhecer as desigualdades educacionais é fundamental para combatê-las Todos Pela Educação “O caminho para diminuir as desigualdades passa, necessariamente, pelo conhecimento detalhado sobre quem são as crianças excluídas do processo educacional”, afirmou a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Marie-Pierre Poirier, durante a sessão “Equidade e inclusão”, do Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente”, realizada na última quinta-feira (15). Veja como foi o Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente” Para ela, esse é o primeiro passo para a construção de políticas públicas voltadas para a equidade na Educação. “Em um primeiro momento, é essencial saber quantas crianças e jovens estão dentro das escolas, mas mais importante é saber quem está fora e o porquê”, disse. “Alguns nunca entraram, outros abandonaram. Precisamos saber os motivos disso e também identificar os alunos com risco de abandonar.” Esse tipo...